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Abram Alas Pra Nossa Bandeira

Cheguei aqui em Frutal cheia de sonhos na mochila. Quando ingressei no D.A. achei que podia “mudar o mundo” ao ocupar meu primeiro cargo como vice-presidenta, em 2016.


De lá pra cá o meu compromisso com o D.A. aumentou um pouco. Agora em 2017 como Presidenta, sinto o peso de conduzir um órgão de representação tão grande quanto os meus sonhos. A responsabilidade pesa pela necessidade de honrar a história de luta do Diretório e de alguns dos seus antigos líderes que lutaram incisivamente pela democracia dentro da UEMG.


Porém antes, não posso aqui falar em D.A. sem antes relembrar das mulheres que fizeram parte da gestão passada e que me inspiram pelo perfil de militância – Bruna Rafaelle, Jordana Alvarenga e Regina Papadopoulos.


Não vou negar que me sinto esgotada em cada momento que me deparo com a falta de comprometimento das autoridades em relação à educação superior de Minas, com o descompromisso de alguns professores dentro das salas de aula e dos alunos alheios à realidade árdua de uma universidade sucateada e usada como curral eleitoral.


Era uma UEMG de paredes brancas e fama de colegião onde reinava o conformismo, o desinteresse, a rendição ética, a apatia intelectual, a alienação e o distanciamento dos estudantes de seus anseios.


Eu percebi que não poderia permanecer na minha zona de conforto, a UEMG precisava de mim também para sair da zona de conforto dela. Decidi que somaria a minha voz as das centenas de estudantes que, assim como eu, queriam chegar onde moram as vitórias.


Tudo bem, ninguém disse que seria fácil lutar pela UEMG, brigar pela implementação da Assistência Estudantil numa universidade elitizada e branca. Que seria fácil transformar os sonhos em realidade. No entanto essa é a sina do movimento estudantil.


Sem dúvidas é a juventude a grande prejudicada por uma ausência de política de amparo aos estudantes, que escolheu os jovens e seus sonhos como varejo no mercado de votos que a UEMG se transformou.


Queremos uma reforma política profunda, uma participação cada vez maior na política da Universidade, de mudar a forma como a UEMG faz a sua gestão e levar o estudante sempre ao poder, de onde é excluído.

Ninguém disse que seria fácil. Seguimos na luta!

Hígna Anthoanelle Souza Vieira

Presidenta

Diretório Acadêmico – "Nada Será Como Antes"

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